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Tikal, o planeta dos macacos

Tikal, o planeta dos macacos
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A região da América central foi povoada pelos Maias. É impossível fugir a toda a sua história, beleza e cultura. No México há ainda quem fale maia e quem viva segundo os seus princípios. Aprendemos a dizer duas palavras, cão = pec e rafeiro = maliche. Mas muito do património Maya está não Guatemala e Tikal é a prova disso.

Tikal, era a maior das cidades Maias. Foi abandonada por volta do século X d.c. Estudiosos acreditam que no seu auge viviam aqui 100.000 a 200.000 pessoas.  Além de pirâmides temos palácios, residências, e até um edifício que se pensa ter sido uma prisão. Dada a sua localização as ruínas estiveram por descobrir durante anos, só e, 1956 é que começou a ser feito um trabalho de escavação das mesmas.

Ao ver as imagens muitos se recordarão do filme Apocalípto, filmado aqui. A Duna não pode entrar no parque, ficamos num hotel modesto para a deixar lá dentro durante a nossa visita. É coisa para demorar 4 horas. Saímos perto das 11h da manhã. Demoramos 30 minutos a lá chegar, e depois de dar entrada no parque ainda temos que fazer mais 18 kms de carro. Aqui a velocidade é controlada por causa dos animais selvagens que habitam na selva. O parque está rodeado de Selva. Vemos sinais de perus, cobras, jaguares,... ficamos com um frio na barriga e a imaginar o que faríamos caso víssemos um jaguar.

Avançamos para o parque, tem algumas pirâmides para ver, depois de passarmos as primeiras conhecidas como as pirâmides gêmeas, temos o que foi para nós um dos grandes momentos da viagem. Começamos a ouvir um som gutural, alto, muito alto. Só podiam ser macacos. Olhamos, procuramos ramos a moverem-se e lá estão eles. Deviam ser uns 4 ou 5. Pequenos para o barulho que faziam mas mesmo assim enormes. Macacos no seu habitat natural. Os turistas não abundam por isso tempo aquele momento só para nós. Eles balanceiam-se de uma árvore para a outra, até que se adentram na selva e os perdemos de vista.

Continuamos até ao complexo 4, uma pirâmide que podemos subir e de lá podemos ver não só todo o parque como dizem que se pode ver até ao Belize e México. Ficamos sem palavras, só conseguimos avistar floresta, e ouvir os macacos. Descemos para ir até à Praça central, queremos ver a Pirâmide do Jaguar.  A pirâmide jaguar era um templo funerário onde foi sepultado o dirigente Maya - Hasaw Cha Kawil. Acreditavam que era uma porta para o outro mundo. Ficamos alí quase uma hora, a absorver a energia do local, a praça era imensa. Não queríamos ir embora sem ver mais macacos.

Olhávamos para as árvores e quase perdíamos o que se passava aos nossos pés. Um pequeno papa-formigas parece que tem um casaco vestido. Passado pouco tempo, outra vez, os macacos. Desta vez só um, mas tão perto de nós...

O parque de Tikal é mágico, apesar das pirâmides aindaestarem pouco escavadas, dá para nos imaginarmos a viver lá, mas o melhor é estar em contacto com esta selva. Regressamos à vila, e encontramo-nos com outro casal de overlanders com quem andávamos a tentar marcar um encontro e que tinham entrado na Guatemala duas horas antes de nós. Eles são originários dos Estados Unidos, vem do Arizona e viajam com dois cães. O projeto deles tem o melhor nome que já vimos - it’s not a slow car, it's a fast house. Sigam, nós esperamos voltar a encontrá-los.

 

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