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Repetir memórias em Niagara Falls

Repetir memórias em Niagara Falls
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Como já terão lido por aqui, nasci no Canadá, e apesar de ter ido ainda bebe para Portugal, voltei quando tinha 12 anos.
Foi a primeira vez que realizei um sonho, andar de avião, ir ao país de que tanto ouvia falar, idiomas diferentes, sabores diferentes, cheiros diferentes.


Foi isso que me marcou quando fui a Niagara Falls há quase 20 anos: o cheiro, não das cataratas mas das ruas. Estava ansiosa por voltar e ver se ainda se mantinha.

Niagara Falls fica na fronteira com os Estados Unidos, é uma cidade que vive essencialmente do turismo e que tem as cataratas do Niagara. Niagara significa trovoada de água. Apesar de não serem muito altas, as cataratas do Niagara são extensas e são a maior queda de água na América do Norte.

Ao chegarmos sentimos logo que estávamos noutro Canadá, o do turismo: onde a simpatia se mostra em troco de dinheiro.  Estacionamos o nosso mamute a 1 ou 2 km e fomos indo a pé, as ruas que nos levavam começaram a ficar cada vez mais preenchidas.

Connosco a Duna, que deslizava entre as pessoas, e lhes dava um sorriso quando sentia que eram de confiança. Pelo caminho: Hard Rock Caffe, Planet Hollywood, Starbucks, Mac Donald's, Dairy Queen, lojas de lembranças,... e chegamos. Nós e umas centenas de pessoas. Aproximamo-nos e vislumbramos boquiabertos. até sermos perturbados pelo latir da Duna, que ficou terrivelmente assustada com o som das cataratas.

Na rebentação, vemos 2 barcos que levam os visitantes, um dos barcos traz pessoas dos Estados Unidos, o outro do Canadá. Só os distinguimos pelas capas impermeáveis que levam: vermelho para o Canadá, azul para os USA.
Caminhamos entre as pessoas junto às cataratas, mas a Duna, não nos deixa avançar mais: está calor, muitas pessoas, muitos cheiros, e o barulho da água. Temos que voltar e adiamos a visita para a manhã seguinte.


Mas antes, tenho que passar na rua cujo cheiro ainda hoje retenho desde o final dos anos 90. Digo ao Ivo, por favor vamos subir por aqui. Damos meia dúzia de passos e ouço-o dizer: que cheiro maravilhoso. Tudo se mantinha. A rua cheia de cor, é uma espécie de feira popular 365 dias do ano.não faltam restaurantes, porta ao lado com casas assombradas, salões de jogos, museu de cera, e as lojas que impreguenam a rua com o seu cheiro: gelados e bolacha americana. Aquele cheiro a doce, naquela rua voltou a ficar-me gravado.

Quem sabe não voltamos lá daqui a 20 anos e tudo se mantém.

Olá, obrigado por mudar o mundo uma compra de cada vez

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