Preferimos viajar no nosso mamute por estradas nacionais. Pelo menos para já. Como puderam ver aqui mal passamos a fronteira para os Estados Unidos fizemos logo uma paragem na estação de serviço e continuamos pela nacional no estado de Nova Iorque.
Em pouco mais de 100km percebemos que Nova Iorque é muito mais do que uma cidade. O estado é incrivelmente bonito.
Percorremos a estrada com lagos a fazerem-nos companhia de aldeia em aldeia. Víamos portos, uma igreja, uma livraria, um posto de abastecimento e um ou outro deli em cada povoação. E assim fomos seguindo lentamente para sul.
Passamos em Elizabethtown, onde se inspirou a realização do filme homônimo e perguntamos por um sítio para comer na aldeia seguinte: Westport. Queríamos ir até lá porque tínhamos lido que havia uma pequena festa e à falta da romaria da Agonia era o que se arranjava para matar saudades.
Em Westport recomendaram-nos um deli, o café tinha 3 mesas, estacionamos à porta e entramos para um lanche ajantarado. Aproveitamos para usar a internet da livraria em frente e prolongamo-nos a ver a vida de uma aldeia onde todos se conhecem.
Ouvimos comentar que naquela noite havia fogo de artifício. Não podíamos perder, às 21 horas fomos em direção à festa e estourava o último foguete, perdemos o espetáculo. Mesmo assim ainda podemos ver o típico de uma festa local nos USA: animais, carróceis e barracas de comida com pizza, cachorros, limonada e uma iguaria que nos arrependemos de não provar: oreos fritas.
Dormimos na carrinha à porta da biblioteca. A primeira noite fora de um parque de estacionamento. Acordamos, voltamos ao Deli para umas torradas e café e seguimos para a praia local. Soltamos a Duna que correu livre pela primeira vez em mais de 30 dias. A verdade é que embora o Canadá seja considerado um dos melhores países paa viver, ficamos com a sensação de que existem muitas regras e que muitas vezes mais valia colocar um cartaz a dizer: “no fun!” Não podemos soltar os cães, nadar nos lagos, correr em muitos dos parques,…
Ainda antes do almoço saímos para conhecer alguns dos muitos lugares mágicos deste estado. A primeira paragem foi palco dos jogos olímpicos de inverno de 1932 e de 1980. E no verão converte-se numa estância de férias com os hotéis que no inverno atendem os amantes de neve a mostrar o seu lado mais caloroso. Não faltam opções de sítios para ficar: Crown, Hilton, ...
As estradas apontam nos para percurso de trail e prometem-nos vistas incríveis, acabamos por nos render a um no Blue Lake. E até a Duna saltou para a água. Que saudades do silêncio.
Seguimos caminho até Indian lake, o sol já de ponha e queríamos estar à hora de jantar num local sossegado. Fomos a um dinner talvez o único do local, com o nome Indian Lake Tavern. O ambiente era incrível, o menu tinha mesmo aquilo de que vínhamos à procura: chili, Mac and cheese e puré. Ao entrar no restaurante sentimo-nos a entrar num filme, todos se conheciam, cantavam as musicas que passavam, jogavam bilhar,….
Voltamos a dormir em frente a uma biblioteca e partimos de manhã descendo as Caterskills.
Mas choveu, choveu, choveu! Passamos pelo percurso que queríamos fazer a pé e a chuva não deixou. Até em Woodstock passamos. Mas fomos seguindo para o nosso próximo ponto: cada vez mais perto de Nova Iorque.
Chegamos às margens do rio Hudson já muito perto de Nova Iorque. Conforme nos aproximávamos o trânsito intensificava-se e a chuva não dava tréguas.
Seguimos para mais perto dos stonecrop gardens, local onde iríamos logo pela manhã. No percurso sentimos a Duna muito agitada, olhamos e vimos uma mãe veado com a sua cria. Tiramos umas fotografias eles pareciam habituados a ser famosos. Longe já ia o sossego das Caterskills e dos lagos do estado.
Na manhã seguinte visitamos os jardins de stonecrop, sítio repleto de árvores, plantas, flores, e animais. E fomos avançando para Nova Iorque!
todas as fotos com Fujifilm X T-2