O México é um país com uma incrível diversidade. Era difícil escolher por onde ir e o que visitar. Mas a Huasteca Potosina, no estado se São Luís Potosi recolhia alguns dos melhores lugares e fomos.
Começamos por visitar uma cascata, a cascata de Tamul, a maior da região. Como tinha chovido, o rio estava alto e a única forma de chegar seria de carro e depois com uma caminhada. Ao chegar ao local vemos logo guias locais que oferecem o seu serviço. Não nos aventuramos a levar o mamute pela estrada à nossa frente e falamos com o guia. Perguntamos se a Duna pode ir e lá seguimos nós. Atras da sua Pick-up, experiência a ter aqui no México. Depois de 10 minutos de buracos, e saltos, estacionamos. Passamos de uma margem a outra de barco e começa a aventura. Devemos ter andado 4 kms, sempre a subir, por entre ramos, raizes, lama, pedras. A Duna feliz da vida, parecia uma cabrita. Vemos a cascata por cima, já completamente esbaforidos. Pergunta-nos se continuamos, assentimos. Mas mais à frente escadas, e bem íngremes. A Duna tenta descer mas não consegue. Cai. O nosso guia leva-a ao colo porque nós não conseguíamos com as câmaras na mão. Chegamos, que força, que violência. 105 metros de altura. Tudo isso contrasta com as borboletas gigantes que se passeiam no local. São tantas e tão destemidas que até nos pousam na cara. Uma experiência incrível, até nos lembrarmos que temos que fazer o caminho inverso.
Já no dia seguinte rumamos para o sótão das golondrinas, ou das andorinhas. Problemas com o carro à parte, onde falamos aqui. O sótão das golondrinas é uma caverna enorme que serve de casa a milhares de aves. Com 512 metros de profundidade, todas as manhas saem em círculo para se aproveitarem das correntes e ao final do dia regressam em voo picado para dormir aqui. Moram ainda dois falcões, esses mais preguiçosos tem muitos dias que não saem e noutros pela manhã ficam só à espera que as aves saiam para as apanhar em pleno voo. Não é época alta, por isso encontramos os locais desertos. Normalmente fazem rappel até ao final do buraco e é possível ter uma vista incrível. Não temos essa sorte, E ainda temos que ir até Xilitla.
Chegamos já tarde, depois de subir montanhas e mais montanhas. Não é possível entrar nos jardins surrealistas e temos que pernoitar para o dia seguinte. Ficamos num camping, e acordamos pela manhã com o som ensurdecedor de pássaros a cantar. Vamos para lá, e foi para já um dos sítios mais bonitos que já vimos em toda a nossa vida. Foi em Xilitla que sir Edward James decidiu criar o seu jardim surrealista. Poeta inglês, amigo de Picasso e Dali, construi o que só é possível nos nossos sonhos, no meio da vegetação e de cascatas.
todas as fotos com Fujifilm xt2