Mi cesta de compra

Terminar compra

Casamentos na América Central

Casamentos na América Central
Publicado en:

Os Nicaraguenses ou Nicas, são um povo extremamente hospitaleiro, afável e com um coração enorme. Não nos cansamos de repetir isso. Quando souberem que estávamos a caminho da Nicarágua fomos convidados para ir a um programa de televisão falar sobre a nossa história. Daí até encontrarmos um casamento não demorou muito. Primeiro descobrimos um em Granada mas os noivos eram reservados e não queriam ver a sua história partilhada.

Na praia de San Juan Del Sur o hotel Pelicano tinha um casamento no fim-de-semana seguinte. O casamento seria na sexta-feira e não no sábado como é típico dos casamentos cristãos porque domingo havia eleições no país e no dia das eleições e véspera há lei seca, os estabelecimentos estão proibidos de servir álcool.

O hotel é magnífico, fica numa encosta com uma vista de cortar a respiração sobre a vila e a praia, mas tem escadas para ir para todo o lado. Os noivos são a Joanna e o Roy. Só quando chegamos soubemos que ela era filha de mãe nicaraguense mas que ele era americano e viviam ambos em Miami. Confesso que ficamos um bocadinho desiludidos porque queríamos algo mais tradicional mas mesmo assim ainda não tínhamos estado num casamento americano, o da Lipaz e do Reem foi tudo menos tradicional.


No dia do evento aproveitamos para ter um insight sobre todo o processo de montagem. Mas não parava de chover, e as coisas foram atrasando. Conseguimos falar com a Joanna enquanto se preparava e ficamos a saber mais sobre eles. Conheceram-se no meio do oceano, falaram sobre trabalho, e foram ficando amigos. Na altura trabalhavam os dois no mesmo ramo. Decidiram casar na Nicarágua e tiveram 270 convidados a voar dos Estados Unidos para o casamento deles. Em Miami há uma grande comunidade de latinos, por isso no casamento ouvimos mais vezes a falarem espanhol do que inglês.


E depois começou a cerimónia, estava tudo lindo e talvez a chuva que começou a cair mal a cerimónia iniciou ainda o tenha tornado mais perfeito. Algumas pessoas abrigaram-se mas outras não queriam perder o momento por nada e taparam a cabeça com as almofadas das cadeiras.

Seguiu-se um pequeno cocktail enquanto os noivos aproveitavam para uma sessão de fotos com as damas de honor e padrinhos. E depois foram para o espaço onde seria servido o jantar. Entretanto já tinha parado de chover.


Enquanto as pessoas estavam no cocktail nós aproveitamos para ir espreitar a comida. Fomos muito bem recebidos pelo staff. O jantar seria uma espécie de terra e mar feito com produtos da região: polvo, lagosta, bife e várias saladas. Antes de se iniciar a refeição os noivos aproveitariam para ter a sua primeira dança e para dançar com os seus pais, de seguida os padrinhos fariam os seus discursos. E a tudo isso seguiu-se uma enorme festa pela noite dentro com um dj à altura do acontecimento.

Não nos prolongamos porque outro casamento esperava por nós na Costa Rica.

A Angélica e o Cristopher casaram em Heredia, ao lado da capital San José. Ela é Costa riquenha mas ele é hondurenho. Veio das Honduras para a Costa Rica há três anos numa missão da sua igreja, a igreja dos últimos dias ou como são conhecidos popularmente Mormons. Foi nessa missão que conheceu Angélica. Tocou-lhe à porta para lhe falar dos seus ideais. Mais tarde ele teve que voltar a Tegucipalga, capital hondurenha mas em menos de 3 meses estava de regresso e marcaram o casamento.

O casamento foi realizado no templo Mórmon. Os casamentos Mormons sao dividios em dois momentos. O casamento que é feito na capela, onde todos assistem que é presidido pelo Bispo e depois tem o seu momento civil onde se trocam alianças e se une o casal “até que a morte os separe”.

De seguida, os noivos vão para o templo para o selamento religioso. O templo é um lugar sagrado, e o qual eles respeitam muito. Para poder entrar é necessário ter uma carta de recomendação do Bispo. E é proibido tirar fotos. Não entramos. Ficamos ali a imaginar como seria por dentro e o que estariam a fazer.


Demorou uma hora e quando saíram tiramos mais algumas fotografias e falamos com os noivos que nos tentaram explicar a cerimónia que tiveram dentro do templo. No templo as pessoas vestem-se todas de branco, para mostrar que todos são iguais.

No caso do selamemto vão para uma sala específica onde de um lado fica a família do noivo e do outro a da noiva. Os noivos ajoelham-se frente a frente e nas suas cabeças tem um espelho onde se veem pela eternidade. O selamento é isso mesmo, é a junção para toda a eternidade. Mesmo depois de mortos as famílias e os casais permanecem Unidos.
Tudo isto se passa de manhã. As 16h é que tem início a festa com os momentos tradicionais que conhecemos: música, bolo de noiva e comida.

Depois destes casamentos e sabendo que as tradições no ocidente se assemelham, sentimos que devíamos ir para outras paragens. E se o melhor da viagem é podermos andar um ano à decidir as nossas vidas e não a sociedade, foi isso que fizemos. Mas já vos falaremos mais em breve.

Hola, gracias por cambiar el mundo una compra de cada vez

Reciba nuestra newsletter

Español es