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Uma dor de cabeça

Uma dor de cabeça
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Ou de como este post podia ter três títulos:
E daquela vez que viajamos na pior companhia do mundo
Como o barato sai caro
Uma dor de cabeça

Já falamos da nossa partida aqui, mas também mencionamos que tivemos um pequeno problema.

Chegamos ao aeroporto com mais de três horas de antecedência.

Primeiro fomos perceber todo o processo para enviar a Duna em segurança.
Seguiu-se uma ida à alfândega, declarar o material que levamos.
Voltamos ao balcão de check-in para pesar a Duna, malas e ficarmos com o nosso bilhete. E aí começam os problemas, que para quem está a preparar isto há 3 anos foi mesmo uma bofetada na cara. Ou um aviso, como quem diz, para não acharem que sabem tudo.

Vamos ver se nos conseguimos explicar: para viajar em turismo para o Canadá é preciso preencher o ETA e se não levarmos um bilhete de regresso à Europa a entrada no país PODE nos ser recusada. Sem problema, conscientes do risco avançamos assim, até porque tínhamos notícias que comprovavam que o íamos fazer, que íamos viajar pelo mundo, temos provas como o ETSA para os Estados Unidos. E levamos connosco Flyers que explicam tudo o que vamos andar a fazer. Assim compramos um bilhete de ida para Toronto. Escolhemos Toronto por termos família lá, pelo Canada ser a minha terra natal e porque havia voos diretos do Porto.

O voo direto era uma prioridade para nós por causa da Duna e então compramos o bilhete através do site da companhia, reservamos o lugar para a Duna e fomos enviando à companhia as nossas notícias só com o pedido de tratarem bem da Duna e caso eles pretendessem usar alguma das notícias e dizer que íamos viajar com a Sata, até com o marketing falei, e neste processo não houve uma alma que nos alertasse que assim não ia funcionar.

Ao irmos fazer o check-in uma hospedeira de terra diz que não podemos viajar se não tivermos um bilhete que comprove que vamos sair do país, um bilhete de regresso à Europa. Bem, não vou escrever mas pela minha cabeça passaram todos os palavrões que conheço. A hospedeira dizia que não eram regras do Canadá mas sim um procedimento da companhia. Ok, e onde é que está essa informação no momento de comprar o bilhete? Onde?

Lá fomos ao balcão da SATA, e uma das funcionárias desta “excelente” companhia aérea começa logo a dizer-nos que sim, que é norma da SATA por causa da imigração ilegal, blablablabla. E como é que íamos fazer para sair de lá, explicamos que íamos passar as fronteiras por terra e que isso não seria problema, que até já tínhamos o visto para os USA, ela disse que não bastava. Indignada afirmei que essa informação não está no site da SATA ao que a “competente” senhora me diz: não pode estar tudo escrito no site. Desculpe? Então não vendam bilhetes, assim simples!

Mas não acaba aqui, pergunto se tem que ser um bilhete de saída do Canadá ou se pode ser de outro país, como o Brasil, e vira-se a senhora: e vocês vão fazer tudo de carro até ao Brasil é? Mas com o ar mais incrédulo desta vida. “Vamos” dissemos todos em uníssono. E pede-me por e-mail o ESTA - papel que permite entrar nos Estados Unidos. E pronto, não me diz mais nada. Alguém sabe para que é que ela queria o comprovativo? Ainda lhe perguntei se aquilo bastava mas ela disse que não, que tinha mesmo que ser o bilhete

Ora, nós temos uma viagem destas marcadas, o tempo contado para embarcar, uma carga emocional do tamanho do mundo, como é que podemos resolver isto? Só indo a correr comprar um bilhete. Compramos novamente um voo direto e escolhemos outra companhia para voltar do Brasil. Mas nós sabemos que não vamos estar no Brasil naquela data, portanto ainda vamos ter que andar a alterar o bilhete, com mais custos associados. Para não falar que compramos um bilhete sem qualquer promoção ou tarifa especial.

E lá nos deixaram embarcar. Com um bilhete de regresso que não queríamos. Entretanto conseguimos resolver o nosso problema mas ainda não tivemos notícias da nossa reclamação à SATA.

E depois o resto da viagem, correu bem? Perguntam vocês. Bem, com isto tudo, o tempo que teríamos para almoçar foi-se, não é? Nem houve tempo para comprar nada para comer. Chegamos ao avião 15.40, ouvimos como é que seria o voo, um filme, e uma refeição, que fome! Serviram-nos a refeição às 17.40. Comida de avião nem precisa de explicação, mas nós famintos nem queríamos saber, pedimos à senhora com carinho se nos podia arranjar mais um pão para cada um, a sério, um pão! Ela disse: se sobrar! Voltou para nos perguntar se queríamos café ou chã e depois levantou o tabuleiro sem dizer mais nada. Literalmente e desculpem a franqueza “cagou” para nós. Até numa prisão tratam melhor as pessoas.

E o filme, que tal? Felizmente já tive a oportunidade de viajar muito em trabalho e os aviões mais recentes vem equipados com um ecrã por pessoa. Neste voo também tínhamos, mas vimos logo que não teríamos direito a livre acesso ao ecrã. Seriam eles a escolher o filme para todos, mas o filme nunca mais começou.

ainda presenciamos outras situações menos agradáveis com outros passageiros. E não fosse o senhor Luís, hospedeiro da companhia , extremamente simpático e competente e a minha imagem seria a pior do mundo.


Mesmo assim SATA nunca mais.

Olá, obrigado por mudar o mundo uma compra de cada vez

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