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Introdução ao Vietnam - Hanoi

Introdução ao Vietnam - Hanoi
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Hanoi é a capital do Vietname. Nunca na minha vida me imaginei a visitar o Vietname. Não sei se por parecer um sítio longínquo ou se havia muitos outros sítios onde ir antes, por isso não sabia bem o que esperar. Depois de descer do autocarro procuramos um táxi que nos levasse até uma homestay que tínhamos visto. É muito típico no Vietname as homestays, ou seja, ficar na casa de alguém. São uma espécie de albergue. E se escolhermos bem são limpas, caseiras e cheias de sorrisos.

Ficamos 3 noites, conhecemos a cidade, palmilhando-a. Cheia de cafés, e bares de chã, com pastelarias de fazer inveja a Paris, com um "je ne sais quo", com uma forte personalidade que nos faz odiar e amá-la ao mesmo tempo.
Os passeios não são para andar a pé, são para estacionar as motas, a berma não é para andar a pé, é para caber mais uma mota, as passadeiras não são para atravessar, são para as motas esquivarem os peões, as buzinas não são para se usar em caso de perigo mas sim a todo o momento, se calhar o perigo está lá sempre, não é?

No trânsito do Vietname a prioridade faz-se do meio de locomoção maior para o mais pequeno. Ou seja: o camião é o que tem maior prioridade, depois o autocarro, segue-se o carro, a mota e no fim da cadeia: o peão. As motas que devem ser praticamente uma por habitante acima dos 14 anos, dos mais de 6 milhões que fazem a capital do Vietname, não cabem só na estrada. Andam pelos passeios, apitam para nos desviarmos, fazem sempre o caminho mais curto mesmo que isso implique ir em contra-mão. E nós ali no meio, novatos nesta arte do safe-se quem puder, só queriamos berrar para eles pararem. É um bocado como estar numa arena a fintar o touro.

Foram 3 dias sem ver o céu azul, sem ver o sol, só nuvens e pouição. Mesmo no verão apenas se vê mais claridade, explicam-nos, nunca o sol. Mas isso não impede os vietnamitas de aproveitar a rua. Ao final do dia e nas horas das refeiçoes os passeios convertem-se em salas de estar, ginásios, salas de jantar. Jogam badminton, sentam-se em cima das suas motas e conversam, agacham-se e jogam um jogo de tabuleiro, ou num pequeno banco descansam enquanto comem uma sopa local.

O Pho é um dos pratos mais famosos do Vietnam. Uma sopa de noodles, em que o caldo sabe a bife ou frango e que depois tem ainda as ervas mais frescas. É impossível ficar indiferente. Mas aqui em Hanoi o prato mais acarinhado é o Bun Cha. E quando o Obama e o Bourdain se juntam é mesmo isso que vão experimentar. E nós fomos atrás. Uma sopa com ervas e especiarias frescas, servida com barriga de porco muito fina grelhada a carvão, e noodles de arroz. No combo "Obama" como se chama agora que a imagem do ex-presidente dos Estados Unidos correu o mundo naquele restaurante, também vem um pastel em massa filo com porco picado e gambas. Tudo delicioso, mesmo. Mas o sítio não é o mais limpo de todos.

Sai de lá a salivar e com a certeza triste de que dificilmente voltarei a comer este prato de forma tão bem-feita. Mas é mesmo isso que é uma viagem, experimentar e dizer adeus. Ficar com vontade e voltar por um bun Cha e um pastel de 3€.

Olá, obrigado por mudar o mundo uma compra de cada vez

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